Excelência:
– Secretária de Estado da Cultura, Prof.ª Maria da Piedade de Jesus;
– Secretária Geral;
PCA da ANAGERO;
– Directores de Gabinete;
– Directores Nacionais;
– Consultores;
– Chefes de Departamento;
– Minhas senhoras e meus senhores:
Estamos a chegar ao fim de mais um ano e tradicionalmente nos reunimos, aqui, numa cerimónia de cumprimentos de fim de ano. É também nesta altura, que aproveitamos para fazer um rápido balanço do nosso trabalho, no decurso dos cerca de 365 dias que decorreram em 2023 e desejar boas entradas para o ano de 2024.
Trabalhamos juntos há pouco mais de dois anos e, nesta altura, conhecemo-nos melhor uns aos outros, face a um primeiro contacto profissional. Em relação ao nosso sector, é-nos mais fácil hoje do que antes, traçar uma análise swot em relação às nossas forças e fraquezas e em relação às nossas oportunidades e ameaças.
Vivemos num mundo em constante mudança e nos dias de hoje as mutações ocorrem de forma cada vez mais acelerada, o que nos obriga a aprender a adaptarmo-nos às mudanças, a saber controlá-las e a saber gerí-las. Os desafios de há dois anos a esta parte, já não são os mesmos que teremos de enfrentar em 2024. Mas, independentemente dos constrangimentos que possamos ter, quer a nível colectivo, quer a nível individual, temos de sabê-los ultrapassar com o profissionalismo que sempre se faz necessário, porque a vida não decorrer como se de uma linha recta se tratasse.
Às vezes, nas nossas vidas pessoais e profissionais, basta apenas uma pequena pedrinha para desviar o curso do rio. Mas o caminho do mesmo é sempre de chegar ao mar como destino ou a um outro ponto qualquer onde tenha de desaguar. O mesmo ocorre com as nossas vidas pessoais, familiares e profissionais.
– Excelência;
– Minhas senhoras e meus senhores:
Tivemos um ano de 2023 caracterizado por várias dificuldades, nomeadamente, de ordem financeira, já que a cativação de despesas a que todos os sectores foram sujeitos, acabaram por dificultar a realização de algumas das nossas iniciativas. Contudo, só em Dezembro iremos fazer o balanço do grau de cumprimentos do nosso Plano de Acção, programado para os últimos seis meses. Programar actividades é uma metodologia de trabalho que nos permite assumir, de forma profissional, os nossos próprios compromissos, responsabilizarmo-nos perante os mesmos, controlá-los e geri-los com disciplina laboral.
Cada director nacional e cada director de gabinete teve a liberdade de propor a sua equipa de trabalho e equacionar o seu plano de actividades, pelo que se pressupõe que lhe foram dadas as condições mínimas indispensáveis para cumprir com os objectos a que se propuseram. Esta é necessariamente a minha expectativa para o próximo Conselho de Direcção Alargado, onde iremos fazer o balanço geral do nosso trabalho e tomar decisões. Todavia, do ponto de vista estruturante, há um conjunto de realizações que nos satisfazem.
No que respeita à Cultura, saímos de 2023 com um saldo significativo de actividades estruturantes e destaco, entre outras as seguintes:
– Comemorámos, com dignidade e em todo o país, o nosso Carnaval;
– Cresceu o número de artistas interessados em adquirir a sua Carteira Profissional;
– Apoiámos a cooperação entre a UNAC (União Nacional dos Artistas e Compositores) e a AHRA (Associação dos Hotéis e Resorts de Angola), visando uma maior empregabilidade dos “operários” de cultura;
– Despertámos para a necessidade de revisão da Lei do Mecenato;
– Lançamos a primeira pedra para a construção do Palácio da Música e do Teatro, bem como da Casa do Artista;
– Preparamo-nos para lançar a primeira pedra para a reconstrução da Mbanza dos Ngola e do Memorial Mukulo Angola, onde se encontram os túmulos de Ngola Kiluange ki a Samba e Nzinga Mbandi;
– Temos aprovado o projecto para a reconstrução, em Mbanza Congo, do antigo reino do Kongo;
– Os “sona”, desenhos na areia tradicionalmente realizados pelas comunidades cokwe, tornaram-se no nosso primeiro Património Cultural Imaterial da Humanidade;
– Iniciaram-se estudos, com um especialista da UNESCO, para tornar o “semba” no nosso próximo Património Cultural da Humanidade;
– Recuperámos peças museológicas que se encontravam no exterior e que irão brevemente ser expostas no Museu de Antropologia;
– Iremos levar a cabo a construção de uma nova Biblioteca Nacional;
– Já foi dado o pagamento para a restauração da Fortaleza de São Francisco do Penedo, que será o nosso futuro Museu da Luta de Libertação Nacional;
– Dentro de dias, irá ser inaugurado um Centro Cultural de excelência, na cidade do Huambo;
– Estamos a trabalhar para a criação de um segundo Centro Cultural de excelência, em Luanda;
– Desenvolvem-se já os primeiros estudos para a edificação do Museu da Resistência.
No que respeita ao Turismo, saímos de 2023 também com um saldo significativo de actividades estruturantes e destaco, entre outras:
– Abertura dos vistos de Turismo para mais de 80 países;
– A construção do Zip Line para o Miradouro da Lua, orçado em 1,5 milhões de dólares;
– Uma comissão multissectorial para trabalhar no Pólo de Cabo Ledo;
– Lançamos o primeiro Fórum de Investidores para a região do Okavango;
– Um Plano Nacional de Fomento de Turismo (PLANATUR) para facilitar o acesso e a mobilidade interna de turistas, orçado em 276 mil milhões de kwanzas.
Para a cultura e para o Turismo assinámos também importantes Memorandos de Entendimento, que irão despoletar mais acções e mais responsabilidades, ao nível nacional.
Se o grau de expectativas em relação ao nosso Ministério da Cultura e Turismo aumentou, de modo a que o Orçamento Geral do Estado para 2024 tenha crescido cerca de 118% em relação ao ano de 2023, também o grau de responsabilização- em relação ao Sector, a cada área do Sector, à Secretaria Geral, ao PCA da ANAGERO, a cada Director Nacional, a cada Director de Gabinete, a cada Chefe de Departamento terá de ser exponenciado.
Face à confiança que nos está a ser depositada por sua Excelência Presidente da República de Angola e Titular do Poder Executivo, Dr. João Manuel Gonçalves Lourenço, terá de haver um compromisso cada vez mais sério de trabalho, com o empenhamento que sempre se fará necessário. Contarei evidentemente e sempre com os melhores e sempre com os melhores, como não poderia deixar de ser.
A toda a equipa, constituída pelos presentes e pelos ausentes, agradeço o apoio de todos aqueles que através do seu compromisso laboral contribuíram para que o nosso Ministério, entre as diversas actividades em que se empenhou, tivesse a visibilidade que se fazia necessária, ao alcançar com sucesso todos estes desafios. O caminho faz-se caminhando, com o sentido de equipa e com a responsabilidade pessoal que, profissionalmente, cabe a cada um de nós.
A todos vós, desejos um bom ano de 2024, como muita saúde e muitas felicidades.
Boas Festas.
